domingo, 2 de dezembro de 2007

na segunda eu volto...

Corintiana, maloqueira, sofredora e tristinha...bem tristinha...

Não sei se um dia eu vou entender essa relação que a gente tem com o futebol. Estou tão longe da tal marginal sem número e não consegui me desligar dos últimos sofrimentos alvinegros.

Sei que no final das contas o fim pode justificar os meios, que o rebaixamento pode servir pra limpar o monte de sujeira que se acumulou debaixo da grama do Parque São Jorge. Mas isso não significa que esse meu coração vagabundo vai entender os desígnios dos pontos corridos e que o Corinthians, "elite" do futebol brasileiro, tenha terminado o campeonato mais de 30 pontos atrás do campeão...

"...eternamente dentro dos nossos corações!"

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Vida saudável

Eu não gosto de música. Eu só ouço, acompanho, canto, me emociono, danço por mera questão fisiológica. Meu corpo precisa! Então pra não cair doentinha eu tenho tentado manter altos os níveis de lá lá lás e nã nã nãs.

Por aqui eu tenho tido a chance de conhecer muita coisa boa e reafirmar gostos antigos. Estou aprendendo que música latina é legal a beça e me lembrando, ouvindo e re-ouvindo muita coisa boa do Brasil. Dá uma saudadinha...

Vou entendendo que voz de Marisa Monte faz um bem danado pro coração!! Letra de Nando Reis faz um bem danado pra alma!! Shakira faz bem pras cadeiras! Juanes faz bem pro sorriso!

Tratamento completo pra qualquer mal!!

Mas às vezes só ouvir não é suficiente. Às vezes a gente precisa de terapia em grupo... E nada melhor do que um show pra juntar um monte de gente carecida de cuidados musicais.

Sorte minha que todo mundo gosta de vir tocar por aqui...hehehe...

Em setembro eu fui ao show do Dropkick Murphy´s. Eles são de Boston e tocam um punk rock com influência irlandesa. Os caras são muito bons de palco. Imagine uma mistura de guitarra, baixo, bateria, violão (até aí nada demais, certo?), gaita de fole, flauta, acordeão, banjo, violino e violoncelo. Difícil? Fica delicioso de ouvir!! E ainda dá pra tratar o stress dançando. Recomendo.

Daí em outubro eu fui convidada a participar de uma reunião com um grupo de nostálgicos ointentistas. E que palestrante melhor para o tema do que Morrissey? Ele cantou muita coisa da carreira solo, mas deu uma passada, com saudade de acordo com o que ele disse, pela época dos Smiths. O show mudou a imagem que eu tinha dele de um cara tristão, calado. Ele é muito bem humorado e tem opiniões firmes sobre política!! A banda dele é ótima!! Fiquei babando.

Novembro tem sido um mês muito bom na minha procura por uma vida musicalmente saudável. Pra começar, Caetano Veloso. Nunca vi uma apresentação dele no Brasil. Acabei vindo ver aqui... Maluco, né? Nesse caso a terapia era contra a saudade. Era como se a gente fosse sair do show e comer uma pizza na Camelo ou tomar uma Bohemia na Vila Madalena. Em tempo: Caê em belíssima forma! Até mostrou a barriguinha... Tava todo assanhado e fez um show muito bom!

Agora, terapia completa eu tive mesmo com um grupo de mexicanos que veio a NY para um workshop. O tema: cante, dance e fique super contente! O show do Café Tacuba foi um dos melhores que eu já vi na vida!! Eu só conhecia algumas músicas da banda e me senti como se tivesse nascido no México e ouvisse os caras cantando no Bar Tacuba desde sempre. Na platéia um monte de mexicaninhos alucinados pulava e cantava balançando as bandeiras tricolores do país. Saí do show felicíssima e querendo ter tudo o que desse da banda!

Bom, esse post foi escrito para tranquilizar família e amigos. Saibam todos que estou tomando as minhas doses diárias de bemóis e sibemóis e tenho tentado comparecer a todas as reuniões, palestras e seminários que aparecem.

A saúde vai bem, obrigada!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Ai, ai, ai...

Escreve, Aline!! Escreve!!
Eu volto, blog...eu volto!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Chamado!

No último sábado, 13 de outubro, andei pela cidade com uma amiga. Passeando, sem compromisso. Foi gostoso. O friozinho já começou, mas ainda está gostoso, uns 15, 16 graus. Estávamos na rua 79 com a Primeira Avenida e começamos a descer.

Passamos pelo bondinho que leva a Roosevelt Island, que fica no meio do caminho entre Manhattan e Queens, e resolvemos subir. A "viagem" é rapidinha e a vista do East River bem bonita. Voltamos e continuamos andando. Uma lojinha aqui, outra ali e chegamos à 5ª Avenida. Lá passamos em frente a Saint Patrick´s Church, a mais tradicional de NY. Resolvemos entrar porque eu não conhecia a igreja e concordamos em assistir a um pouquinho da missa que ia começar em uns dez minutos. Qual não foi a nossa surpresa ao pegar o livrinho e descobrir que ela ia ser em homenagem a Nossa Senhora de Aparecida, ministrada em português, por padre brasileiro!! Assistimos à missa inteira e nos emocionamos com as músicas e o hino nacional.

Chegamos a conclusão de que foi ela, a nossa Santinha, que nos guiou até lá!! Deve ter sido mesmo... Eu saí muito feliz da igreja, me sentindo abençoada e querendo contar tudo pra minha mãe...hehehe...

Sábado bom!!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Brain storming!!!!

Às vezes eu esqueço de respirar. Não é que eu seja louca nem nada (bom, talvez eu seja meio louca...). É só que eu sempre estou com a minha cabeça tão cheia de pensamentos (úteis e inúteis) que não sobra tempo pro corpo cuidar da respiração! Daí, quando me dou conta da necessidade, tenho que inspirar fundo pra recuperar o oxigênio perdido.
Pensar é ótimo, mas tudo tem limite!!
Até pensar na morte da bezerra é complicado...coitada da bezerra, não fazia mal a ninguém, ficava lá, na dela, dando uns berrinhos de vez em quando...e daí pronto!! Lá vou eu com um suspiro profundo ou um bocejo pra puxar o ar pra dentro!!
Tem uma comunidade no orkut que chama "minha imaginação é foda!". Fiz questão de entrar!! Tudo vira história. Enredo pra deixar Hitchcock com inveja. Eu podia fazer disso um super-poder, alguma coisa boa para a humanidade. Por enquanto só consigo criar situações pras quais não encontro solução, problemas que não existem e mundos fantásticos que eu, infelizmente, não passo para o papel.
Esse foi só o desabafo de uma geminiana mercurial que só queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde pra plantar e pra colher, ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela para ver o sol nascer.
Pensar? Claro!!
As gérberas precisam de sol ou de sombra?
Qual é a melhor época pra plantar alface?
Vou limpar a horta antes ou depois do almoço?
O que vou fazer para o jantar? Será que eu vou jantar????
Calma, Marcela!! Eu estou bem e feliz!! É só a cabeça, que não conhece descanso... Que não me deixa em paz pra não pensar em nada!!
Quem sabe isso não é bom? É só uma questão de canalizar...
Eu chego lá!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

São Francisco

Quem me conhece sabe que eu sou muito fã de São Francisco de Assis. Pela história de Francisco e pelo "público" que o santo atende. Ele é protetor das crianças e dos animais e já teve participação fundamental na saúde dos meus bichos.


Todo ano, em 4 de outubro, se comemora o dia dele. Aqui em NY tem uma missa, que todo mundo diz que é linda, em homenagem a São Francisco. Nela acontece a benção dos animais. Cada um leva o seu bichinho pra receber a borrifada de água benta e a "vacina anual" contra as maldades dos homens.

Essa missa acontece na Catedral Saint John The Divine. A igreja é linda, mas está em reformas por causa de um incêndio que aconteceu em 2001 (esse definitivamente não foi um bom ano para os americanos...). Por isso ao invés dos 1000 lugares habituais, só estavam disponíveis 200. Adivinha? Não consegui entrar na missa!! Mas vi um monte de cachorros, gatos e passarinhos
na fila com seus donos. Valeu a subida até a rua 112! Além disso vi um monte de bichos para a adoção (me doeu no coração e eu precisei de uma ajudinha da Renata pra não chegar muito perto, senão já viu...) e até duas lhamas.

O cara que estava cuidando da fila disse que eles estão planejando uma baita missa para o ano que vem, quando a igreja vai estar pronta. Ele comentou que devem trazer até um elefante pra receber a benção!! Eu vou estar lá! Nem que tenha que dormir na fila!!!

Esse post é uma homenagem a Malô, Black, Stinky, Zé, Pisco, Juca, Tchula, Idéiafix, Fiona, Kiko e aos outros, que tiveram uma passagem mais curtinha por essa vida. Saudade dos que estão na chácara, aos cuidados da minha mãe e do meu irmão, e dos que me esperam na casinha do céu...

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

They paved paradise...

Essa banda, Counting Crows, tem umas músicas bem supimpas. Eu gosto muito do som e do estilo deles. Eu já achava essa música muito agradável de ouvir e resolvi reparar na letra. Não é que é boa? Tá aí!
"Eles pavimentaram o paraíso e colocaram um estacionamento..."

Big Yellow Taxi
Counting Crows

They paved paradise and put up a parkin' lot
With a pink hotel, a boutique, and a swingin' hot spot
Don't it always seem to go
That you don't know what you got till it's gone
They paved paradise and put up a parkin' lot

They took all the trees, and put em in a tree museum
And they charged the people a dollar and a half to see them
No, no, no, don't it always seem to go
That you don't know what you've got till it's gone
They paved paradise, and put up a parkin' lot

Hey farmer, farmer, put away your DDT
I don't care about spots on my apples,
Leave me the birds and the bees - please
Don't it always seem to go
That you don't know what you got till it's gone
They paved paradise and put up a parking lot
Hey now, they've paved paradise to put up a parking lot
Why not?

Listen, late last night, I heard the screen door swing,
And a big yellow taxi took my girl away
Now don't it always seem to go
That you don't know what you got till it's gone
They paved paradise and put up a parking lot
Hey now now, don't it always seem to go
That you don't know what you got till it's gone
They paved paradise to put up a parking lot
Why not, they paved paradise
They put up a parking lot
Hey hey hey, paved paradise and put up a parking lot

I don't wanna give it
Why you wanna give it
Why you wanna givin it all away
Hey, hey, hey
Now you wanna give it
I should wanna give it
Cuz you're givin it all away, no no
I don't wanna give it
Why you wanna give it
Why you wanna givin it all away
Cuz you're givin it all givin it all away yeah yeah
Cuz You're givin it all away hey, hey, hey
Hey, paved paradise, to put up a parking lot
la,la, la, la, la, la, la ,la ,la ,la ,la
Paved paradise, and put up a parking lot

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

No more miss nice girl!!!

Amigos, namorados, família...muita gente já me criticou por eu me meter na vida dos outros sem ser chamada, mas pra mim o negócio é praticamente inevitável. É bem verdade que o meu esforço tem dado certo. Já consigo ver situações e não participar. Dá até comichão, mas eu tenho sobrevivido!!
Hoje, agora há pouco, saí do cinema (parêntesis rápido: assisti a Into the Wild, dirigido por Sean Penn, e tenho a dizer que vale muito o ingresso!! pronto!) e peguei o metrô até a 34 pra pegar o trem até New Jersey. Dei uma baita sorte: eu e o trem chegamos juntos à plataforma. Uma belezura!! Escolhi o meu vagão e fui entrar. Junto comigo estava um tiozinho, com um carrinho, aparentemente pesado, tentando entrar no trem. Eu levantei a frente do carrinho e o tiozinho conseguiu entrar no vagão. "Thank you", "no problem" e assunto encerrado, certo? ERRADO!! O bendito tiozinho sentou do meu lado e começou a bater papo. Até aí tudo bem, gosto de conversar, conhecer a história das outras pessoas. Ok!
Eis a ficha da personalidade: Mohamed, marroquino, meio carequinha, cabelo e barba brancos, vende CDs e livros, solteiro, fala inglês muito mal (o que dificultou um pouco a comunicação...), bom em francês e espanhol. Então, entre je ne parle pas e no comprendos a conversa foi tropeçando.
O cara me perguntou se eu era casada. Mais um mal meu: inabilidade nata para a mentira. "Não, não sou". Daí ele me mostrou a chave da casa dele seguido de um "key...casa" e eu com aquela cara de "ahn...sei...hehe". Na sequência o chute na canela: ele me chamou pra ir pra casa dele!!!!! E eu, indignadíssima, disse NÃO e NÃO!
Aí veio o pedido de desculpas e a explicação (e aqui o leitor imagine, por favor,uma mistura de francês, espanhol, inglês e árabe): "família,bom. Filho, casamento. Sozinho, ruim". E eu: "aham"...
Acho que o trem nunca demorou tanto pra chegar na minha estação!!
E pensar que tudo isso começou porque eu ajudei o cara a entrar com o carrinho dele no vagão...
Meu lema a partir de hoje é: abaixo a solidariedade!!!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Pequenas descobertas

Gosto muito de bichos!! Tenho minhas limitações, claro, mas geralmente gosto muito, muito de animais.
Outro dia dei uma passada em uma déli (traduzindo mal e porcamente, uma mistura de padaria, mercearia e restaurante) perto do trabalho. Já fazia tempo que eu estava de olho em um gatinho que mora por lá. Ele é lindo!! Cinza, com peito e barriga brancos. Sossegado...
Passando no caixa aproveitei pra perguntar o nome do bichano. Essa foi a primeira descoberta do dia: o nome dele é Nabi. A atendente, toda simpática, disse que o dono é coreano e vivia chamando o gatinho assim. A alcunha pegou. Pouco tempo depois ela descobriu que Nabi é gato em coreano! E essa foi a minha segunda descoberta do dia!!
Interessante!
O nome do gato... é gato!!
Achei ótimo.
Até porque eu já tive um cachorro chamado Cão!!
Saudade dos meus bichos...

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

I´ve got the music in me!!

Um papo bem gostoso outro dia me fez pensar no quanto eu gosto de música. Pensar no poder que as músicas têm de mudar o meu humor sempre pra melhor.

Desde criança foi assim, eu ia assimilando os diferentes estilos dentro de casa.

Nas brigas entre minha mãe e a Tia Nena pelos discos do Roberto Carlos e daqueles sertanejos de verdade, moda de viola mesmo, normalmente quem ganhava era eu, que acabava ouvindo tudo várias vezes até o disco (vinil!!!) furar.
Com meu Tio Flávio conheci as mais tocadas nas discotecas (e eu achava que entendia tudo o que os caras estavam cantando...).
Minha madrinha me trouxe uma misturada danada de coisas bonitas que eu ainda estou descobrindo o que são. Entre elas umas músicas lindas que ela tocava na flauta e a voz doce e forte de Mercedes Sosa.
Minha Tia Go me levava junto com ela pra lavar o carro ao som de Caetano, Gil e Rita Lee. Ela e a Ana cuidaram muito de mim quando eu era pequena. Me agrada pensar que eu acabei contribuindo no gosto musical delas também com os meus disquinhos, como o do Sítio do Pica-Pau Amarelo. De repente...

Depois de uma certa idade o que ditou as minhas preferências foi a moda mesmo! Cantei e dancei muito "não se reprima", "sobe em minha moto", "please, don´t go girl", "step by step", todas as do Michael Jackson. Acabei guardando tudo isso num baú dourado da memória. Tenho muito carinho por essa fase musical da minha vida. Tudo era divertido, até a fossa do comecinho da adolescência!!

Passada a época do "maria-vai-com-as-outras" eu comecei a descobrir o que eu achava legal pra mim, o que combinava com o ritmo do meu corpo, da minha vida. Foi então que eu entendi que nunca vou poder viver sem música!! Nessa fase conheci Ramones e Beethoven, Bob Marley e Bonnie Tyler, Dead Kennedys e Milton Nascimento. E tantos, tantos outros!

Tudo me servia bem e continua me servindo. Mesmo assim sigo me deliciando com a quantidade de coisas que eu ainda não conheço, com os instrumentos que eu ainda não ouvi. Com o som da cítara, do violino, da gaita de fole, do berimbau, do banjo, das castanholas, das flautas andinas...

Hoje a minha seleção musical tem punk, reggae, rock, brega, pop, músicas regionais, hino de futebol, musiquinha de comercial, surf, mpb e tudo o que vier de dentro ou da mistura dessas coisas todas!

E isso tudo me faz tão feliz...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

I'm leaving on a jet plane...

...ou em um ônibus, ou em um carro, uma bicicleta, um riquixá...

Amyr Klink escreveu que um homem tem que viajar. Eu concordo!

Mas não viajar simplesmente. O bom é conhecer, aprender, entender, conversar.

Minha boa estrela já me levou a cantinhos ótimos! E tenho certeza que ainda vou visitar muitos outros nesta vida!!

Viajar a passeio é sempre melhor, mas a trabalho também é bom, a gente tem chance de ir a lugares e fazer coisas que não poderia como turista. Como quando eu estive na Patagônia para cobrir o Desafio dos Vulcões. A turismo eu provavelmente não conheceria o lago Pirihueico, uma das paisagens mais lindas que já vi, ou o Salto de Huilo-Huilo, ambos no Chile.

Outra boa sorte que a minha estrelinha me trouxe: sempre tive companhias perfeitas nessas viagens! Praia, montanha, rio, cidade, história, aventura...um pouco de tudo, com gente que sabe curtir muito de tudo!

O meu namoro com a mochila começou na Chapada Diamantina. Fui pra lá cheia de expectativas e saí cheia de vontade de achar outros tesouros como aquele!! Que terra maravilhosa! As amizades feitas por lá, estou certa, vão permanecer pra sempre! É difícil expressar em palavras o que acontece com a alma da gente por lá. Já faz algum tempo que eu fui, mas ainda tenho em mim a sensação da Lapa Doce, do Pai Inácio, da Fumaça, do Sossego, do Sonrisal...quem já foi sabe do que estou falando. Quem não foi, vá!!

Desde aquele outubro de 2000 não perco as chances que tenho de conhecer novos lugares.

As águas claríssimas e a Taboa de Bonito, o vôo do tuiuiu no Pantanal, as cores vivas do Jalapão, a benzedeira e os golfinhos de Pipa, a maria-farinha de Garopaba, o Seu Juliano de Maraú, o empadão goiano de Pirenópolis, a comidinha caipira e as pedras das ruas de São Luiz do Paraitinga, o acarajé de Salvador, Ilha Grande inteirinha, o clima reggae de Camburi, o farol de Santa Marta na terra de Anita Garibaldi, o casario e as belas ilhas de Paraty, o Beco das Flores e a praia da Engenhoca em Itacaré, o calçadão e o sorvete Rochinha de Santos, as hortênsias de Monte Verde, as tartarugas e baleias e atobás de Abrolhos, os versos de Augusto dos Anjos em São Miguel do Gostoso, o passeio de bicicleta em Martha´s Vineyard, em Cape Cod, a capirinha de gengibre e poejo de Brotas... Dá pra continuar escrevendo um tempão...

Me sinto uma privilegiada por ter ido a esses lugares e me sinto satisfeita com a disposição e a vontade que tenho de ir a muitos outros! Todos os outros!!

Todo mundo devia explorar o que é possível ser explorado! Conhecer pelo menos o que está ao alcance.

Cada dia que passa me convenço mais que a cada nova viagem estou um passinho mais perto de uma das formas mais simples (e por isso mesmo mais deliciosas) de felicidade...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Magic, magic, magic!!


1º de agosto de 2007. The Police no palco do Madison Square Garden! Sting cantando! Aline na platéia! Fan-tás-ti-co!!

Pra começar Message in a Bottle. Nem dava pra acreditar...assistir ao trio ao vivo e sem cortes! Os três já não são mais meninos (basta dizer que o mais novo nasceu em 1952), mas esbanjaram uma energia de colegiais em mais de uma hora e meia de show.

Todos os clássicos responderam à chamada: roxanne, can´t stand losing you, wrapped around your finger, king of pain...e o público cantou junto com muito gosto! Pra colocar um defeitinho, senti falta de spirits in the material world, mas quando começou every breath you take eu podia ficar ali pra sempre...nem precisava de outro bis!

Posso dizer que fiz uma bela estréia no Madison. Casa lotada e uma belíssima apresentação!! The Cure que me aguarde em setembro!!

terça-feira, 31 de julho de 2007

Pra colocar a vida em dia...

Sei que já faz muito tempo que eu não escrevo, então vou fazer um apanhadão pra por ordem nessa casa! A vantagem é que dá pra juntar tudo em um tema só: o verão em New York.

O verão é muito, muito legal por aqui! Um monte de eventos ao ar livre, calor, bastante gente na rua e um ar festeiro, até parece que o tal inverno (meda!) não vai chegar...

A estação é perfeita para nascimentos. No comecinho de junho eu ganhei um sobrinho. Por muito pouco não foi um presentão de aniversário. Ele é grande, fofo, lindo e filho da família do coração! Como é lindo ver o Tutão rindo! Sorte dele ter nascido no comecinho do verão. Já pegou até piscina, o safado!

E quem não tem piscina municipal por perto caça com chafariz!! É isso mesmo! O calor é tanto que alguns parques têm essas áreas onde o pessoal não fica nem um pouco acanhado em dar uma refrescadinha. Brincadeira boa pra dias que chegam aos 30, 35 graus...

Nas praças vira e mexe a gente topa com um showzinho. Esse, em Union Square, no meio da semana, era de country. Bom pra dar uma relaxada depois do trabalho. No Central Park sempre tem uma banda se apresentando, é o Summer Stage. Eu tentei assistir ao show do Cafe Tacuba, uma banda mexicana bem supimpa, mas a fila era tão grande que a gente não conseguiu entrar...fazer o que? Também no Central Park acontece o Shakespeare in the Park. Tentamos. Mais um ponto para os turistas. Pelo menos a gente se divertiu na fila bebendo vinho - em copo de plástico rosa pra disfarçar (não é permitida a ingestão de bebidas alcoólicas nas ruas da cidade).

Mas não é só por causa dos eventos que o Central Park fica cheio. Tomar um solzinho ou bater uma bolinha são ótimos programas, com muitos adeptos!

Em junho foi lançado o tão aguardado I-Phone e até isso virou balada! Teve um cara que passou quatro dias na fila pra ser o primeiro a comprar o apetrecho tecnológico. Essa foto é de uma loja da AT&T no dia do lançamento, imagina como estavam as da Apple?
Julho, com o seu dia 7, nos trouxe o mega-show do Live Earth. Várias cidades do mundo, inclusive o Rio de Janeiro, cantando pra espantar o aquecimento global. Eu estava lá no Giants Stadium pra assitir Bon Jovi, Police, Roger Waters e muitos outros. Dia quente! Bom dia quente!!

Em mais um desses dias de o calor fazer borbulhas no cocoruto, pegamos uma balsa chiquérrima para as praias de Sandy Hook. É bem diferente do Brasil, apesar da areia branquinha. Aqui não tem muito de farofada e gente vendendo mil coisas no meio do povo. Mar gelado pra dedéu, mas isso tem no Brasil também...
Farofada mesmo a gente fez no Central Park (sim, ele de novo!!) pra assistir à Filarmônica de NY. Tinha até frango assado!! Na foto dá pra ter uma idéia de quanta gente tinha lá. Programa gostoso pra valer!Que bom que ainda tem mais de um mês de verão pra se curtir a cidade!

Em tempo: não sei se muita gente lembra dele, mas vai sair o filme do vira-lata! Isso, do desenho! "Todo o problema acabou, o vira-lata chegou!" Estou no aguardo!!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Tristeza...





Tristeza é o título desse post, mas indignação também ficaria bem. E revolta, e descrença...

Mais um acidente aéreo no Brasil toma conta dos noticiários mundiais. Quase duzentas pessoas mortas. Que fosse uma! Até quando vai durar essa bagunça? Até quando vai durar esse descaso? Quantas pessoas mais vão precisar morrer para que se tome alguma atitude? Famílias que perdem pais, mães, filhos... Qual é o valor dessas vidas?

Tenho muito medo que acidentes como esse se tornem banais. Normais como ser assaltado no farol em São Paulo!

Minha dúvida é se o senhor ministro da aeronáutica, o senhor presidente do Brasil, o senhor chefe da infraero já perderam algum parente, algum amigo nessas desordens aeroportuárias!! Sim, porque daí...ai...atitudes precisariam ser tomadas!

Deixo aqui a minha solidariedade a todos que perderam alguém nessa tragédia e rezo para que as pessoas que podem evitar novos acidentes sejam tocadas de verdade pelo sofrimento de um país inteiro.

Coitado desse povo. Tão honesto, tão solícito... tão abandonado!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Ai, ai...


Esse suspiro é pelo mais novo lançamento da Pixar.


Eu já estava esperando há bastante tempo o lançamento desse filme e tive as minhas expectativas superadas!

Animação, som, roteiro...ah, Paris... Tudo perfeitamente lindo!! Perfeitamente Pixar!

O curtinha que vem antes do filme deixou um pouco a desejar na minha opinião, mesmo assim é bom.

O personagem principal, Remy, é fofo. Ele é um rato. Um rato, imagine!! E é lindo! E cozinha!! E o fato de tudo acontecer em Paris...ai...faz a história ter mais charme ainda!

Pra quem ainda tem dúvida eu digo: vá! Vale muito o passeio. Mas tem que ir de estômago vazio! Vai dar uma vontadinha de ir a um bistrô...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Coisa de cinema

Fui assistir ao Quarteto Fantástico e, principalmente, ao Surfista Prateado. Adoro o jeitão daquele cara!
Bom... Salvar o mundo, como quase sempre, era a missão dos super-poderosos. E que cidade estava lá, sofrendo sob o jugo das forças do mal? New York City, claro!! Também aparecem outras cidades do mundo no filme, mas NY não poderia faltar. Esse lugar é o alvo preferencial da bandidagem intergaláctica. Isso sem falar nos fascínoras terráqueos!
Que cidade é defendida por Peter Parker com sangue, suor e teias?
Atacada sem piedade pela onda gigante provocada pelo meteoro de "Impacto Profundo"?
E o que é Gothan City senão uma alusão a New York?
Onde fica o Empire State, prédio preferido do macacão mais famoso do cinema?
E aquele túnel, inundado pra testar as habilidades do Stallone?
Em que outro lugar do planeta aportaria Godzilla, a iguana mutante?
Congelada, super-aquecida, bombardeada, atacada por baratas gigantes de metrô, a cidade resiste! E tem que resistir!!
Até porque onde mais George Clooney e Michelle Pfeifer correriam numa poça d´água em "Um dia especial" senão no Central Park? Que outro zoológico do mundo teria Alex, Martin, Gloria e Melman? A livraria de Meg Ryan em "Mensagem pra você" ia perder metade do charme em outro lugar. E as aventuras de Kevin McCallister em "Esqueceram de mim"? As pombas do parque, a árvore de natal, a loja de brinquedos? Imagina?
É... A cidade tão castigada no cinema também tem seus momentos de ternura e comédia... Coisa de cinema!

Liberdade!

Vou para o trabalho de trem e chego todos os dias na estação do World Trade Center. Apesar de o lugar já fazer parte de uma rotina, sempre que passo por ali fico triste e penso nas injustiças do mundo. Tanta gente que não tinha nada a ver com as confusões criadas pelos "líderes mundiais" morreu naquele setembro. Assim como morrem gentes por religiões, terras, poderes...bobagens...nos ontens, hojes e amanhãs da nossa história.
Hoje o lugar todo está em construção novamente. Aí vem a Freedom Tower!
Freedom! Palavra difícil de definir em um lugar onde qualquer sacola esquecida num canto é uma bomba em potencial ou um spray de cabelo no metrô pode ser uma arma química.
Não sei como se fala liberdade em hebraico ou em árabe, mas acho que pra eles o sentido da palavra também vive num limbo.
Quando eu era criança li um livro de contos para a aula de português. O título de um desses contos era Tamar e Muhamed. Ela vivia num kibutz. Ele era árabe. Amigos sem que os pais soubessem. Sem que os pais quisessem. Descobertos por uma mensagem que fez corar o general Kamal: um poema de Tamar prometendo a Muhamed que quando a paz chegasse os dois correriam e brincariam juntos nos campos do kibutz.
De minha parte torço para que nasçam mais Tamares e menos Bushes. E que a palavra liberdade volte a ter sentido em todas as línguas.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Shakespeare

To be or not to be: that is the question!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Diversão!


Essa é quase uma palavra de ordem em NYC!
Um amigo disse, muito sabiamente, que até os cachorros se divertem por aqui. Dentro de alguns parques existe uma área só pra eles. É pra esses lugares que Toddies, Rexes, Lassies, Skips levam seus donos pra passear. O encontro é uma festa! Bolinhas, corridas, cheiradinhas básicas...diversão canina!
Nas lojas, uma orgia consumista. Gente de todos os cantos do mundo vem pra cá e fica embasbacada com preços, opções, variedade. Macy´s, Century 21, Nike, toda a sorte de eletrônicos...diversão com cartão de crédito!
Pelas ruas o turismo movimenta ainda mais a cidade, principalmente agora que estamos perto do verão. Acho que nenhum lugar da cidade mostra mais isso do que Times Square. Muita, muita gente em qualquer horário! E quanta luz!! É demais! Diversão com máquina fotográfica!
Outro dia fui a uma festa bem estranha. Tinha música brasileira, alguns brasileiros e muitos gringos. As mulatas esbanjavam ginga enquanto os outros tentavam acertar o passo. Mas o mais engraçado era a piscina no meio de tudo. Tinha cara de terno e gravata dançando com mulher de biquini, alguns de sunga, já com algumas caipirinhas na cabeça, fazendo coreografias com a toalha e uma banda tocando um sambinha bom ali, pertinho da água...diversão pura e simples!
Baseball. Assisti a Yankees e Red Sox. Um clássico!! Estádio lotado! Pensa que o mais importante era o jogo? Que nada! Cerveja, Coca-cola, hot-dog, pretzels, um vai-e-vem danado! E a gente tentando entender o tal do jogo. De repente, no meio da comilança, todo mundo levantava! O que aconteceu? O que aconteceu? Perguntavam os brasileiros, um tanto perdidos. Nada demais... e todo mundo voltava aos seus apetizers...diversão mais gastronômica do que esportiva!
E assim a vida anda aqui. Tudo muito rápido, todos com pressa, mas sempre com um tempinho pra aproveitar a vida. Sempre com um tempinho pra diversão. Seja ela qual for!

terça-feira, 29 de maio de 2007

Devaneio

E se a vida fosse um sonho?
Se a Terra do Nunca existisse, ficasse ali, na próxima estação do metrô?
E se a gente pudesse escolher o lugar do mundo em que a gente quisesse acordar todos os dias? Ou a companhia. Ou o clima.
E se Barcelona ficasse a meia hora de viagem? Ou Atenas. Ou Sydney. Ou Teotihuacán. Ou a Cachoeira do Sonrisal, na Chapada. Ou o Mar da Tranquilidade.
Se a gente pudesse comer chocolate, pão, marshmallow, tortas de todos os tipos, as coisas maravilhosas do blog da Sil e não engordasse?
Se a cor da pele de cada um fizesse parte do livre arbítrio e fosse negociada com Deus antes mesmo do nascimento? Valeria até roxo com bolinhas verdes!
E se não existisse preconceito e discriminação?
E se ratinhos fossem fofos como nos filmes e soubessem cozinhar?
E se a comida da minha mãe pudesse ser enviada pelo correio?
E se eu fosse a cara da Gisele Bündchen?

Ahn? Hein?

Nada... Só devaneios...

quarta-feira, 23 de maio de 2007

taxi, please!


Rapaz, se tem uma coisa difícil em New York é conseguir pegar um taxi! Outro dia saí de uma loja com um amigo. Com as coisas que estávamos carregando não ia dar pra ir pra casa de metrô, então tivemos a brilhante idéia de pegar um taxi. O dia estava perfeito: chovia e batia um ventinho gelado! Tudo o que a gente queria era chegar em casa.
O Alê ficou com as coisas e eu fui chamar o bendito do taxi. Dei sinal pro primeiro, ele nem parou. Segundo, mesma coisa. Terceiro, quarto e nada. No quinto o cara parou e eu me sentia mulher mais feliz do universo. "Você está indo pro Brooklin?". No que eu respondi "não", o cara disse que sentia muito, mas aquele era o caminho dele. "Como assim?" perguntou a minha indignação! Para a minha surpresa ouvi a mesma coisa de outros dois.
Um senhor muito gentil, sensibilizado com a nossa situação, disse que daquele lado da rua não ia rolar. Eu deveria ir pro outro lado, na Broadway, pra conseguir alguma coisa. Fui.
E da-lhe chuva!
E o Alê passando frio na porta da loja.
Na mesma calçada em que eu estava, metade da população de NYC se estapeava por um carro amarelinho. Eu, com o braço esticado, via os taxis parando para outras pessoas que estavam mais à frente. Ô desespero!
De repente um pára pra mim! A Glória! "Pra onde você vai?". No que eu pensei "de novo, meu Deus?". Jersey City, respondi. "Ah, não! É longe". "É não, moço! Fica logo depois do túnel!! Esse é o décimo taxi que eu tento.".
Bom. Chorei o suficiente pra ele "aceitar" nos levar mediante uma tarifa bem salgada.
No meio do caminho o motorista foi ficando mais simpático. Descobrimos que ele é do Uzbequistão e mora em NYC há treze anos. Não sei como são as coisas no Uzbequistão. Talvez os motoristas de taxi de lá sejam mais gentis e esse moço tenha se lembrado de casa por alguns minutos. Sorte minha!! Mesmo assim não teve descontinho na corrida... Fazer o que? Nem tudo é perfeito!!
Depois dessa experiência, percebi que o ideal é não usar taxis por aqui! Até porque tem metrô pra tudo quanto é canto. Aliás o metrô é interessantíssimo. Qualquer dia falo dele. See ya!!

terça-feira, 8 de maio de 2007

ausência

Esse ir e vir da vida...
Minha mãe está fazendo mudanças na casa. Está toda empolgada. Feliz porque o Santos é campeão paulista. E eu não estou lá
Hoje é a colação de grau da minha irmã, minha querida irmãzinha, que cresceu tão rápido. Essa colação é um prêmio tão grande pra essa menina. O desfecho de anos de sacrifícios e incertezas. E eu não estou lá.
Meu irmão Paulo está procurando um caminho na vida. Está cheio de dúvidas sobre a melhor escolha, cheio de sonhos que não sabe se poderá realizar. E eu não estou lá.
Outro dia nasceu o filho do meu irmão André. Lindo. Vi pela internet a foto do moleque. Cabeludo, fortão! Meu primeiro sobrinho. E eu não estou lá.
Meu irmão Alan vai casar em julho. Minha cunhadinha é linda, fofa. Os dois estão cheios de planos e sonhos. Estão planejando uma festa linda, o que implica em muitas coisas pra resolver. E eu não estou lá.
Minha amiga Marcela está com problemas. Deve estar precisando de um ombro, um abraço. E eu não estou lá.
E tem mais gente: Silvana espera por reconhecimento, Carla clama por uma vida mais feliz, Wania quer voltar a acreditar, Aline ansia por uma vida mais simples, Adriana tem planos para por em prática, Cristiane e Carol querem voltar a estudar...
Tudo isso!
E eu não estou lá!!
Sei que, de alguma maneira, participo de tudo isso, mas não é fácil não estar perto. Nem pro choro, nem pro riso.
Pessoas, amo vocês! E esse amor só aumenta com a distância!!
Felicidade hoje e sempre!!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

A terra dos mil idiomas

Andar pelas ruas de New York dá a sensação de estar passando por um país diferente a cada minuto. Numa esquina uma chinesa fala ao telefone enquanto um grupo de indianos dá passagem às moças norueguesas. No restaurante um senhor italiano faz o pedido à atendente polonesa. No metrô uma portuguesa tira dúvidas com um mexicano. De repente um grupo de alegres africanos colore o ônibus. É engraçado, o inglês acaba sendo apenas mais uma língua no meio dessa Babel.
Muitos trazem os costumes de seus países e religiões, então é comum topar com homens de turbante, kipá, mulheres vestindo burkas ou cobrindo o rosto.
Outro dia vi um rapaz negro, de terno e gravata, no trem. Ele tinha um tipo de terço nas mãos e rezava fervorosamente. Ele deve trabalhar em uma grande empresa da cidade, mas não deixou pra trás os costumes de sua religião, que eu imagino ser africana. Achei isso o máximo!!
E não são só os idiomas ou as religiões que são diversos, a impressão é que aqui a moda é seguir a própria moda. Grandes óculos escuros dentro do metrô, roupas muito coloridas e cheias de brilho durante o dia, muitos acessórios, chapéus, cabelos bagunçados ou ajeitados com muito gel, piercings pra todos os gostos e por aí vai...
Uma vez entrou no metrô uma menina que eu achei que tinha acabado de sair de um filme (o que é bem comum por aqui também!). Ela usava uma calça jeans muito apertada e cheia de apliques brilhantes, uma blusa de um rosa realmente chockante (hehe...), uma boina do mesmo tom de rosa e correntes e pulseiras que faziam barulho quando ela andava. E o mais legal? A única que estava espantada era eu! Aquele look é tão normal quanto todos os outros.
Aqui, ser diferente é ser igual a todo mundo!
Mas tem um acessório obrigatório se você quer se sentir "in": o tal do ipod!! Isso quase todo mundo usa!
Estou esperando o dia em que vou sair na rua com esse estilo sem estilo de New York. Se eu atingir esse estágio juro que coloco as fotos aqui!!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Hit by a what??


Sempre fui meio caipira.
Nem tanto acanhada, mas definitivamente caipira.
Nunca imaginei aportar de mala e cuia numa cidade como New York. Com São Paulo eu já estava acostumada, nasci e cresci naquela cidade que tem as mesmas medidas de acolhedora e de assutadora.
Chegar por aqui, capital do mundo, foi uma coisa completamente fora dos planos.
Quando o assunto é trabalho a gente não consegue pensar muito nas coisas a conhecer. Ter que providenciar documentos, procurar casa, aprender a andar na cidade... Essas coisas consomem o tempo dos museus, dos parques, da balada. Mas eu chego lá!!
Depois de duas semanas estou começando a me entender com os pontos cadeais. É engraçado. Sempre me considerei uma pessoa bem localizada, por assim dizer, mas aqui eu não consigo. Pra mim sul é norte e leste é oeste. Maluco!! Já estou me achando entre os downtowns e os uptowns. Os east e west estão um pouco mais difíceis...
Já fui conhecer o Central Park. Peguei o metrô C sentido uptown e desci em Columbus Circle. Entrei no parque e já comecei a achar tudo lindo. Esquilinhos, passarinhos, as árvores ainda sem folhas por causa do inverno, gente atlética correndo ou pedalando. De repente um ssssssshhhhhhhhhhhhh e eu estava no chão. Fui atropelada por uma menina de patins. Foi um tombão. Minha mão e meu joelho ficaram bem machucados (o joelho ainda está roxo). Ela ficou desesperada. "Are you sure you're ok?" e eu dizia que yes, of course. (Só depois entendi que o desespero era por causa de um possível pedido de indenização. Ok.). Levantei e saí rindo. Quantas pessoas têm a oportunidade de ter esse tipo de primeira impressão do Central Park?...hehehe...
No mais fica a saudade da minha vidinha, das minhas pessoas queridas.
Mas é o seguinte: se isso aqui é uma grande maçã, eu não quero ir embora sem pelo menos uma mordidinha!!

domingo, 25 de março de 2007

Cruzeiro do Sul

Tá meio difícil de escrever ultimamente. A cabeça cheia de pequenas e grandes coisas práticas a serem resolvidas. O coração cheio de uma explosão contida, mistura de ansiedade, medo, excitação, coragem, previsão de saudade avassaladora...
É estranho imaginar que tudo o que faz parte do meu dia-a-dia vai ser completamente diferente daqui a poucos dias.
As pessoas de ver e tocar vão passar a ser pessoas de ouvir e imaginar.
Ruas, rostos, cheiros, sensações, estrelas, língua, a vista da minha janela, mãe, irmãos, amigos, Sonho, viagens, Sumaré, Villa Lobos, minha caminha, simpatia... Tanta coisa boa faz parte da minha vida...
Vou sentir saudade do Cruzeiro do Sul... Vou sentir saudade de tudo o que vem junto com ele. Das pessoas com quem eu já dividi aquelas cinco estrelas, a lua, o sol.
Quem é meu, quem é por mim vai continuar sendo. Longe ou perto!!
E eu vou aprender mais um pouquinho dessa loucura que a gente chama viver!

domingo, 11 de março de 2007

Conc(s)erto

Às vezes a gente tenta ajeitar o que não tem conserto e o resultado é um concerto de notas tortas que nunca vai se tornar uma sinfonia perfeita. Normalmente a situação é extremamente clara, todos os riscos e obstáculos são conhecidos. Mesmo assim a gente insiste em continuar na luta.
Durante as batalhas a gente chega a mudar o objetivo, aceitar de coração que as coisas tomem outro rumo, desde que tenham um final parecido com o que se pensou no princípio.
De repente tudo se ilumina e a resposta aparece: nem sempre as coisas precisam de conserto, às vezes elas simplesmente devem ser do jeito que são ou não ser de jeito nenhum.
Esse é um conhecimento libertador! Ele permite que a gente dê um passo adiante, siga a vida de cabeça erguida, procure e ache novas experiências, cada dia mais com a batuta do próprio destino na mão.
E no fim de tudo, de conserto em conserto (ou não), quem sabe a gente não consiga compor um belíssimo concerto!!

terça-feira, 6 de março de 2007

Nostalgia

Eu queria ter nascido em 1950! Esse é um pensamento que às vezes aparece na minha cachola. Imagina! Eu teria 20 anos em 1970! Toda aquela porralouquice, aquele "nem aí" instrutivo, político, indecente.
Eu teria sido mais fã de Janis, Jimi...
Teria, sem dúvida nenhuma, ido a Woodstock. Cantado com Crosby, Stills, Nash and Young. Dançado com Santana. Sonhado com um mundo de paz e amor...
Hoje eu seria uma jovem senhora de 57 anos, cheia de ricas (e pouco recomendáveis) histórias pra contar para os netos. Talvez não aceitasse mais o tal amor livre, mas teria boas recordações dele...hehehe... E seria feliz!
Mas quando eu vim pra esse mundo Woodstock já era história.
Eu dancei mesmo foi ao som de Menudo e cantei "a gente somos inútil", mas eu devo ter nascido com a sementinha daquele festival em mim, porque eu nunca deixei de sonhar com um mundo de paz e amor, bicho!
Pode até ser brega, mas é verdade!!

segunda-feira, 5 de março de 2007

...

Outro dia um amigo meu disse que eu gosto muito de pontos de interrogação. Eu disse que até gosto, mas que prefiro os pontos de exclamação. E é a mais pura verdade!!
É tão legal fazer a pessoa entender o seu pensamento, o jeito que você quer dizer a tal frase, só pela quantidade de exclamações que você usa!
Também gosto muito das reticências...
Elas dão sentido a tanta coisa. Tristeza, alegria, devaneio, saudade...
Hoje a minha vida está cheia de exclamações e reticências...e também muitas interrogações. Quem conhece sabe...

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Mudanças

É difícil mudar. Velhos padrões, velhas crenças, velhas atitudes. Coisas que às vezes nem são tão antigas, mas nos fazem gastos, quase caducos em determinados assuntos.
Quando a gente escolhe uma estrada para fugir dessa mesmice em sépia tem que enfrentar alguns obstáculos e o mais difícil aparece logo de cara: o primeiro passo. Ô coisinha complicada, seu!
Esse bendito primeiro passo exige tanto esforço que a gente precisa sentar um pouquinho na calçada e deixar o trânsito fluir, pra depois entrar no fluxo que esse passo originou. E na hora que as coisas começam a acontecer tudo fica meio assustador. Bate uma sensação de "caramba! o que eu fiz?".
Nesse momento estou com um medo danado dos passos que dei e dos que vou precisar dar. Das coisas que estou deixando pra trás, das que vou encontrar pela frente...
Mas a verdade é que o que move é energia, não inércia! E energia eu tenho. Todo mundo tem! Então agora é soltar o corpo e curtir os acontecimentos!
Ainda tem muita estrada pela frente!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Sampa

Pra quem, como eu, encara trânsito, poluição e mau humor todos os dias nas ruas de São Paulo, deixo aqui uma música do Premê pra gente não esquecer o quanto ama essa cidade. Hehehehe...

É sempre lindo andar na cidade de São Paulo
O clima engana, a vida é grana em São Paulo
A japonesa loura, a nordestina moura de São Paulo
Gatinhas punks, um jeito yankee de São Paulo
Na grande cidade me realizar
Morando num BNH.
Na periferia a fábrica escurece o dia.
Não vá se incomodar com a fauna urbana de São Paulo
Pardais, baratas, ratos na Rota de São Paulo
E pra você criança muita diversão e poluição
Tomar um banho no Tietê ou ver TV.
Na grande cidade me realizar
Morando num BNH
Na periferia a fábrica escurece o dia.
Chora Menino, Freguesia do Ó, Carandiru, Mandaqui, ali
Vila Sônia, Vila Ema, Vila Alpina, Vila Carrão, Morumbi
Pari,Butantã, Utinga, Embu e Imirim, Brás, Brás, Belém
Bom Retiro, Barra Funda, Ermelino Matarazzo
Mooca, Penha, Lapa, Sé, Jabaquara, Pirituba, Tucuruvi, Tatuapé
Pra quebrar a rotina num fim de semana em São Paulo
Lavar um carro comendo um churro é bom pra burro
Um ponto de partida pra subir na vida em São Paulo
Terraço Itália, Jaraguá, Viaduto do Chá.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Amigo

Eu tenho amigos lindos! São bálsamo, maconha e Red Bull. São Play Center e centro budista. São Shrek e Sexto Sentido. São Guerra nas Estrelas e Branca de Neve. São o remédio na ferida e o assopro. A cabeça nas nuvens e os pés no chão. Aquela variação milagrosa, essencial entre o tudo e o nada, entre o choro e o riso, o certo e o errado.
Amigos são como pedacinhos de paz pra carregar na alma. É verdade que é muito fácil achar "amigos" nos momentos alegres. É claro que é bom ter gente por perto quando está tudo bem, quando a gente se sente feliz. Pode ter certeza que o bom amigo estará com você nessa hora, mas será ainda mais presente na adversidade.
Obrigada, meus amigos, por alimentarem a minha teimosia em acreditar na existência de boas pessoas, a minha esperança por um mundo mais igual, menos injusto. Cada um de vocês tem um espaço reservado no meu coração e eu sou grata por vocês fazerem parte da minha vida.
Manter o passo e seguir em frente. É o que eu vou fazer!! Com amigos como os meus isso é sopa no mel!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O mundo gira...




...e a Lusitana roda. Nem todo mundo deve lembrar desse slogan, tão famoso na minha infância. Hoje fiquei muito feliz ao ver um caminhão da Lusitana rodando pela Marginal Pinheiros. Sabe aquelas coisas que te trazem um montão de recordações? Pois é... O mundo gira e a Lusitana roda.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Vontade de estar...




Pedacinhos de paraíso na Terra. Como podemos viver sem eles? Amo conhecer novos lugares. Esses tais lugares, onde a alma fica mais leve e o coração bate num compasso de reggae. Onde a gente pode ficar solto e curtir dias que parecem não ter fim. Trilha sonora de Bob Marley, Cidade Negra, Ben Harper ou só o barulhinho bom das ondas chegando na praia, do sol encostando na água lá longe. Ô coisa boa! Saudade do sol...

domingo, 28 de janeiro de 2007

Se tem uma coisa que eu adoro é desenho, animação, no cinema, sabe? E, honestamente, nem acho que isso é manifestação da minha infantilidade, tão explícita quanto fora de contexto (31 aninhos...). Bom, ao que interessa: ontem assisti a "Os sem floresta". Gostei bastante do filme, das piadas. Adorei o esquilinho pilhado e a tartaruga certinha (acho que me identifiquei um pouco com ela. Ele, na verdade). Mas gostei mais ainda da mensagem. Tem gente que acha que isso é bobeira, às vezes eu também acho, mas nesse caso é tão real, factível que não dá pra não pensar a respeito.
Sei que muita gente não liga pra esse negócio de "preservar a natureza", "proteger os animais" e isso me faz acreditar que "Os sem floresta" pode não ter passado de um filme engraçadinho para a maioria. Espero que não, afinal não é difícil de entender que os animais procurem outros lugares para morar e coisas diferentes para comer se nós começarmos a acabar com o ambiente em que eles vivem. Acho que as crianças são as mais capazes de compreender tudo isso. Essa é a minha torcida!
Em tempo: amei o que fizeram para mostrar a velocidade do esquilo quando ele toma o energético. Confesso que gostaria de ver o mundo daquele jeito pelo menos uma vez, só por alguns minutos.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Um belo dia! Que belo dia!!

Hoje, 26 de janeiro de 2007, é o primeiro dia deste meu novo canal. Vontade de comunicar, de só escrever um pouco...tocar as estrelas através do teclado do computador. Tudo é bem-vindo, é fantástico, sobrenatural e tem gosto de arroz com feijão de mãe fumegando no fogão. Tudo, com bons pesos e medidas, é bom! A partir de hoje divido um pouco do que vejo, sinto, ouço, sei com quem quiser dividir comigo também. Nem precisa de dérreal pra entrar...uma boa conversa não tem preço mesmo.