Vou para o trabalho de trem e chego todos os dias na estação do World Trade Center. Apesar de o lugar já fazer parte de uma rotina, sempre que passo por ali fico triste e penso nas injustiças do mundo. Tanta gente que não tinha nada a ver com as confusões criadas pelos "líderes mundiais" morreu naquele setembro. Assim como morrem gentes por religiões, terras, poderes...bobagens...nos ontens, hojes e amanhãs da nossa história.
Hoje o lugar todo está em construção novamente. Aí vem a Freedom Tower!
Freedom! Palavra difícil de definir em um lugar onde qualquer sacola esquecida num canto é uma bomba em potencial ou um spray de cabelo no metrô pode ser uma arma química.
Não sei como se fala liberdade em hebraico ou em árabe, mas acho que pra eles o sentido da palavra também vive num limbo.
Quando eu era criança li um livro de contos para a aula de português. O título de um desses contos era Tamar e Muhamed. Ela vivia num kibutz. Ele era árabe. Amigos sem que os pais soubessem. Sem que os pais quisessem. Descobertos por uma mensagem que fez corar o general Kamal: um poema de Tamar prometendo a Muhamed que quando a paz chegasse os dois correriam e brincariam juntos nos campos do kibutz.
De minha parte torço para que nasçam mais Tamares e menos Bushes. E que a palavra liberdade volte a ter sentido em todas as línguas.
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Um comentário:
parece que no mundo inteiro liberdade virou apenas uma palavra sem significado ativo. Pode até deixar de existir, esquecida numa gaveta qualquer.
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