domingo, 27 de abril de 2008

Bukowski

Achei esse poema triste e, como boa parte das coisas tristes, muito bonito. Autorizada por Fabi, que me lembrou que as poesias, e mais especificamente Charles Bukowski, não têm dono, coloco aqui o que vi no Fervilheta.

Só sinto que Henry tenha esperado pelo derradeiro momento pra dizer o que a mulher provavelmente esperou a vida inteira pra ouvir...

CONFISSÃO

esperando pela morte
como um gato
que vai pular
na cama

sinto muita pena de
minha mulher

ela vai ver este
corpo
rijo e
branco

vai sacudi-lo
e talvez
sacudi-lo de novo:

"Henry!"

e Henry não vai
responder.

não é minha morte que me
preocupa, é minha mulher
deixada sozinha com este monte
de coisa nenhuma

no entanto,
eu quero que ela
saiba
que dormir
todas as noites ao seu lado

e mesmo as
discusões mais banais
eram coisas
realmente esplêndidas

e as palavras
difíceis
que sempre tive medo de
dizer
podem agora
ser ditas:

eu
te amo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Exemplo

Quando duas pessoas brigam muito a gente costuma dizer que são como cão e gato, não é? Pois essa história mostra que até cães e gatos podem viver muito bem juntos!

Quem me conhece vai saber o quanto isso me emocionou...

Falta de foco

Tenho acompanhado, como quase todo o brasileiro, a novela do assassinato de Isabella Nardoni. Assim como a grande maioria das pessoas, fico indignada com a possibilidade de o assassino ser o pai da menina. Fico brava com o sangue frio que foi necessário para armar toda a cena. Fico triste por imaginar que um adulto seja fraco o suficiente para querer estrangular uma criança e faze-lo.

Acho extremamente normal que a reação de quem acompanha o caso seja mesmo muito passional, mas esse negócio de uma multidão ir pra porta da delegacia pra gritar "assassino" me incomoda muito! Ninguém tem o direito de julgar o outro. É errado matar a filha (ou qualquer outra pessoa) e jogar pela janela? Pelos padrões de moral e carinho da maioria de nós, sim, mas esse julgamento tem que ser feito pela justiça e, em última instância, por Deus!

E além do mais, quantas vezes a gente já foi sacaneado com políticas econômicas que apertam ainda mais o nosso cinto? Quantas vezes a gente soube de histórias escabrosas envolvendo senadores, deputados, ministros? Pessoas em quem a gente acreditava, que estavam ali pra nos representar, melhorar a nossa vida de alguma maneira. E quantas vezes a gente foi pra porta da casa dessas pessoas pra gritar "sacana"? Quantas vezes uma multidão se formou na porta da camara ou do senado pra reclamar de um julgamento mal feito, de uma absolvição absurda?

Dinheiro na cueca, gastos pessoais com cartão de crédito público, negociações ilícitas, a política do bolsa-família... Todas essas coisas que têm influência direta na nossa economia, no dinheiro dos nossos aposentados, parecem pequenas diante do caso Isabella.

Não estou tentando diminuir a tragédia dessa história, mas me questiono: se a população pode se unir por causa da história que envolve uma família, por que não pode se unir por questões que dizem respeito a todos?

Rezo para que Isabella esteja enfim descansando e para que nós, brasileiros, tenhamos mais consciência das nossas necessidades, dos nossos direitos, dos nossos deveres e da nossa força!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Ufa!!

Calor! Calor! Calor!!!

20 graus, solzão, delícia!!

Enfim o mofo começa a sair! Já o branco Omo...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Então...

Como já disse um dos velhos sábios do futebol, "o difícil, vocês sabem, não é fácil".