I feel good!!

Cenário:
Nevada Smith, um bar no East Village, onde o pessoal sempre vai pra assistir a jogos de todos os tipos.

Evento:
Brasil e Estados Unidos na final da Copa das Confederações.

Público:
95% americanos, 2% brasileiros e 3% de outras nacionalidades.

História:
Chegamos ao bar já meio assustados. Honestamente achei que encontraríamos mais brasileiros por lá...

Fomos pro andar de baixo e escolhemos uma televisão. Éramos sete brasileiros cercados de americanos por todos os lados.

O jogo começou tenso, Brasil jogando mal, Estados Unidos aproveitando os contra-ataques (como ficou isso depois da reforma ortográfica?). Até que eles marcaram o primeiro. Loucura total dentro do bar e nós quietinhos. Pouco depois veio o segundo gol e eu achei que os caras iam quebrar tudo de tanto que comemoraram!

No intervalo partimos atrás de mais uma corona, porque perder pros Estados Unidos no futebol, a seco, ninguém merece. Tive que ouvir elegantemente algumas piadinhas muito educadas. A verdade é que nem eles estavam acreditando no placar...

Segundo tempo e um gol pra gente logo de cara! Estávamos no jogo de novo!! E não deixamos barato! Gritamos e cantamos pra mostrar que era só uma questão de tempo até que a ordem normal das coisas fosse retomada.

A gritaria a nossa volta ainda era bem grande, mas todos foram justos, dizendo que a cabeçada do Kaká foi pra dentro. Infelizmente o juiz não concordou...

Sem problemas! Pouco tempo depois Luis Fabiano marcou o segundo gol dele e deixou tudo empatado. Nessa hora eu achei que o povo todo do bar ia ficar mais quietinho. Ledo engano... Tinha um mala atrás de mim que toda vez que os Estados Unidos pegavam a bola soltava um "oh yeah, baby" e completava com "the game is not over".

Só que dez minutinhos mais tarde Lucio, nosso capitão, fez o terceiro e fechou a fatura.

O cara continuou com o tal "oh yeah, baby" até o apito final. Depois saiu de perto da gente sem alarde. Melhor assim.

Mas se você me perguntar se foi bom pra mim ver o Brasil ganhar de virada dos Estados Unidos dentro da casa deles, eu vou ter que dizer:

"OH YEAH, BABY!!!"

Ô trem bão!!

Ontem teve show do Skank aqui. Meu ingresso foi presente de aniversário da Ana e da Adriana.

O Nokia Theater não estava lotado como eu imaginei que estaria, mas eu achei isso bem bom! Cheguei pertinho do palco e tive muito espaço pra dançar.

Adorei o show! Eles tocaram muitas músicas "das antigas". Isso foi bem legal, já que quem está longe do Brasil vai nesses concertos pra matar saudade mesmo.

E eles pegaram o espírito do público direitinho! Jack Tequila, Resposta, Te ver, Saideira, Balada do amor inabalável, Vamos fugir e muitas outras que me fizeram deixar a voz por lá.

Me diverti horrores!! Que baita presente esse!!

Hoje acordei pensando em só "deixar a vida me levar pra onde ela quiser, seguir a direção de uma estrela qualquer..."

Acho que se o futebol tivesse nascido antes do nosso hino nacional, o Seu Duque Estrada tinha feito uma letra mais concisa. É um pecado o que fazem com a gente nas copas e afins. Nessa Copa das Confederações a gente não ouve o "Gigante pela própria natureza", não tem a chance de cantar o "Entre outras mil, és tu Brasil, ó Pátria amada". Uma pena...

Mesmo assim não dá pra esquecer, a minha Pátria amada é o Brasil!!

Tradições

Quase todo brasileiro que mora fora do Brasil reclama de algumas saudades parecidas. Verão (no caso dos países mais frios, claro), feijão, chopp bem tirado, caipirinha, pastel, carnaval...

Eu nunca fui muito fã de carnaval, mas não perdi a chance de ir a uma festinha por aqui em fevereiro. A temperatura não lembrava em nada o feriado no Brasil. Fazia um frio danado e as janelas tinham que ficar fechadas, mas a música estava muito boa e a caipirinha de primeira.
Eu sinto mesmo é falta de festa junina! E o tempo até está compatível com o junho de São Paulo. A média tem sido de 17, 18 graus. Temperatura ótima pra um quentão! Deve ser fácil imaginar o quanto eu fiquei feliz quando a gente descobriu uma festa junina em Manhattan. Tive que ir!! A festa ficou muito aquém do que a minha saudade queria, mas já deu pra comer um bolo de milho maravilhoso. Pena que não tinha quentão. A mistura de álcool e fogo é muito perigosa! Coisa de americano...

Sun in a bottle

Minha pele não anda muito feliz...

Rosto vermelho, ressecado, com jeitinho meio cansado. O médico disse que isso acontece por falta de certas vitaminas e, por isso, estou tomando algumas dessas pílulas de coisinhas naturais.

O problema é que essas coisinhas precisam de sol pra sintetizar a tal da vitamina D.

Então tá! Já comprei o beta-caroteno e o colágeno. Onde eu acho sol pra vender mesmo?

Alguém sabe? Alguém tem?

Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá...

...as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá!

Como eu amo o meu Brasil! Como tenho saudade do que deixei lá!

E é tão bom saber que eu posso voltar e ver minha mãezinha lá, saudável, na casinha dela. Ver meu irmão bonitão, pilotando a possante dele. Ver meus amigos e saber de suas histórias, de seus segredos, alegrias e angústias.

Dois grandes eventos nessa minha ida:

O Maurício, lindo, fofo, cheio de saúde!! Marcela e Caio, pais maravilhosos e orgulhosos. Como foi bom encontrar vocês três!

Carla e Edu, felizes, celebrando com a família e os amigos. Não tenho palavras pra descrever a satisfação de testemunhar esse momento tão importante!

Estou de volta, mas com o coração cheio de pedacinhos quentinhos de felicidade para usar sempre.

Abençoado é aquele que não tem vergonha de amar!

Eu sou extremamente abençoada!!

É engraçado...
Às vezes a vida sozinha se encarrega das mudanças e a gente não precisa mexer nem um dedinho.
Pessoas aparecem, oportunidades batem à porta, coisas novas chegam...
Fico pensando se isso tudo acontecia antes e eu não me dava conta por falta de maturidade ou se o giro do mundo tem tido mais lógica.
Talvez seja melhor nem pensar a respeito!!