Hoje dei uma sorte danada enquanto corria os canais. Em um deles estava passando um filme que eu já tinha visto e gostei bastante: "How to train your dragon".
É uma animação bem bonitinha da DreamWorks. O filme fala de muitas coisas pelas quais a gente passa todos os dias. De medo, frustração, inadequação, vergonha. Fala também de intolerância, do ódio pelo que é diferente.
Em uma vila Viking, Hiccup, o filho do chefe da tribo, é muito inteligente, mas é considerado fraco por não matar dragões. Uma grande desilusão para o pai, já que todos os moradores da vila são guerreiros corajosos, que não fogem das investidas dos seus grandes inimigos. Os dragões devem ser destruídos porque atacam os moradores, além de acabarem com a comida da tribo.
É nesse cenário que Hiccup conhece Toothless, um dragão de uma espécie muito poderosa, um dos mais temidos entre os Vikings, mas que tem um problema físico e não pode voar. O menino tem a chance de mata-lo, mas não consegue. A partir daí os dois começam o estudo mútuo e acaba nascendo uma grande amizade.
Até o fim da história menino e dragão passam por muitas aventuras e alguns perigos. Não vou contar o fim do filme, mas posso dizer tudo o que me encantou nele.
Adorei a maneira como a "deficiência" do dragão foi tratada, a grande lição de tolerância e aceitação das diferenças, a amizade que ultrapassa todos os limites, a música, que é linda. Além de tudo, Toothless ainda tem todos os trejeitos de um gato, é muito bonitinho!
Mas para mim o melhor de tudo foi a maneira como o menino conseguiu se colocar no lugar do dragão, conseguiu entender como se sentiria se os papeis estivessem invertidos. Isso é tão raro! Essa é a maior lição do filme, na minha opinião.
Apesar disso tudo, não achei que fosse me emocionar de novo. Ledo engano... Chorei mais uma vez. Mas um choro bom, cheio de esperança que essas coisas possam ultrapassar a tela do cinema e chegar aos nossos corações.
Que, como no filme, a gente entenda que matar os nossos dragões nem sempre é o melhor negócio. Às vezes, melhor mesmo é doma-los!
terça-feira, 19 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Aline contra os ponteiros
Estou precisando reaprender a usar melhor o tempo. Sempre achei que com a idade a gente ia aprendendo a gerenciar as tarefas de um jeito mais eficiente, mas o que tenho visto na minha vida é uma verdadeira bagunça...
Parece que faltam ponteiros no relógio para as coisas que me dão prazer. Não tenho conseguido encontrar algumas pessoas, responder emails, escrever, ler, ir ao cinema. O que raios está acontecendo? Gosto de imaginar que o fato de estar escrevendo tudo isso signifique que sim, estou me entendendo melhor com Cronos e que, em pouco tempo, tudo estará nos trilhos de novo.
Talvez eu deva mesmo dedicar menos horas à internet e voltar ao tempo em que eu chegava em casa, ligava o rádio e nem pensava em televisão ou computador. Acho que isso já seria um começo.
A volta ao Brasil tem sido bem boa, mas me deixou meio atrapalhada. Meio sem saber achar um jeito de ficar sozinha. E eu preciso tanto disso!
O tempo já foi tema desse blog algumas vezes e acho que vai ser sempre! Deve ser por causa dessa angústia em ver as coisas passando tão rápido, tão sem controle...
Se eu tivesse direito a um pedido impossível atendido, eu pediria que os dias passassem mais suavemente. Assim nós poderiamos nos sentar na praça e conversar sem pensar na próxima reunião, acordar tarde no sábado sem nos sentirmos culpados pelo desperdício de tempo, andar pela rua sem nos preoocuparmos com a hora de voltar...
Por enquanto só posso pedir que a minha aposentadoria (daqui a muitos anos) me traga essa tranquilidade. Ou esse também seria um pedido impossível de ser realizado?
Parece que faltam ponteiros no relógio para as coisas que me dão prazer. Não tenho conseguido encontrar algumas pessoas, responder emails, escrever, ler, ir ao cinema. O que raios está acontecendo? Gosto de imaginar que o fato de estar escrevendo tudo isso signifique que sim, estou me entendendo melhor com Cronos e que, em pouco tempo, tudo estará nos trilhos de novo.
Talvez eu deva mesmo dedicar menos horas à internet e voltar ao tempo em que eu chegava em casa, ligava o rádio e nem pensava em televisão ou computador. Acho que isso já seria um começo.
A volta ao Brasil tem sido bem boa, mas me deixou meio atrapalhada. Meio sem saber achar um jeito de ficar sozinha. E eu preciso tanto disso!
O tempo já foi tema desse blog algumas vezes e acho que vai ser sempre! Deve ser por causa dessa angústia em ver as coisas passando tão rápido, tão sem controle...
Se eu tivesse direito a um pedido impossível atendido, eu pediria que os dias passassem mais suavemente. Assim nós poderiamos nos sentar na praça e conversar sem pensar na próxima reunião, acordar tarde no sábado sem nos sentirmos culpados pelo desperdício de tempo, andar pela rua sem nos preoocuparmos com a hora de voltar...
Por enquanto só posso pedir que a minha aposentadoria (daqui a muitos anos) me traga essa tranquilidade. Ou esse também seria um pedido impossível de ser realizado?
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